sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

sábado, 9 de outubro de 2010

Marina,… você se pintou?

Maurício Abdalla
“Marina, morena Marina, você se pintou” – diz a canção de Caymmi. Mas é provável, Marina, que pintaram você. Era a candidata ideal: mulher, militante, ecológica e socialmente comprometida com o “grito da Terra e o grito dos pobres”, como diz Leonardo.
Dizem que escolheu o partido errado. Pode ser. Mas, por outro lado, o que é certo neste confuso tempo de partidos gelatinosos, de alianças surreais e de pragmatismo hiperbólico? Quem pode atirar a primeira pedra no que diz respeito a escolhas partidárias?
Mas ainda assim, Marina, sua candidatura estava fadada a não decolar. Não pela causa que defende, não pela grandeza de sua figura. Mas pelo fato de que as verdadeiras causas que afetam a população do Brasil não interessam aos financiadores de campanha, às elites e aos seus meios de comunicação. A batalha não era para ser sua. Era de Dilma contra Serra. Do governo Lula contra o governo do PSDB/DEM. Assim decidiram as “famiglias” que controlam a informação no país. E elas não só decidiram quem iria duelar, mas também quiseram definir o vencedor. O Estadão dixit: Serra deve ser eleito.
Mas a estratégia de reconduzir ao poder a velha aliança PSDB/DEM estava fazendo água. O povo insistia em confirmar não a sua preferência por Dilma, mas seu apreço pelo Lula. O que, é claro, se revertia em intenção de voto em sua candidata. Mas “os filhos das trevas são mais espertos do que os filhos da luz”. Sacaram da manga um ás escondido. Usar a Marina como trampolim para levar o tucano para o segundo turno e ganhar tempo para a guerra suja.Marina, você, cujo coração é vermelho e verde, foi pintada de azul. “Azul tucano”. Deram-lhe o espaço que sua causa nunca teve, que sua luta junto aos seringueiros e contra as elites rurais jamais alcançaria nos grandes meios de comunicação. A Globo nunca esteve ao seu lado. A Veja, a FSP, o Estadão jamais se preocuparam com a ecologia profunda. Eles sempre foram, e ainda são, seus e nossos inimigos viscerais.
Mas a estratégia deu certo. Serra foi para o segundo turno, e a mídia não cansa de propagar a “vitória da Marina”. Não aceite esse presente de grego. Hão de descartá-la assim que você falar qual é exatamente a sua luta e contra quem ela se dirige.
“Marina, você faça tudo, mas faça o favor”: não deixe que a pintem de azul tucano. Sua história não permite isso. E não deixe que seus eleitores se iludam acreditando que você está mais perto de Serra do que de Dilma. Que não pensem que sua luta pode torná-la neutra ou que pensem que para você “tanto faz”. Que os percalços e dificuldades que você teve no Governo Lula não a façam esquecer os 8 anos de FHC e os 500 anos de domínio absoluto da Casagrande no país cuja maioria vive na senzala. Não deixe que pintem “esse rosto que o povo gosta, que gosta e é só dele”.
Dilma, admitamos, não é a candidata de nossos sonhos. Mas, Serra o é de nossos mais terríveis pesadelos. Ajude-nos a enfrentá-lo. Você não precisa dos paparicos da elite brasileira e de seus meios de comunicação. “Marina, você já é bonita com o que Deus lhe deu”.
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Maurício Abdalla é professor de filosofia da UFES, autor de Iara e a Arca da Filosofia (Mercuryo Jovem), dentre outros. | Fonte: www.adital.com.br.

sábado, 27 de março de 2010

O Deus Humano Atual

O Deus Grego Dionísio enfrentou uma desestruturação familiar, o qual foi gerado a partir do coração do meio-irmão, perdeu a mãe pela intriga de sua madrasta (Hera) e foi gerado nos três meses que faltavam na coxa de seu pai (Zeus). Após o nascimento nem a criação por gênero foi respeita com ele, sendo educado como menina. Pergunto-me, quanto vejo essa desestruturação ocorrer, se é possível esperar sanidade desses futuros adultos, isso se chegar até a idade adulta. Resposta para essa pergunta não tenho, mas a referência da Mitologia é o seguinte: nem um Deus, que é imortal suportou todos os eventos na sua formação.
Outro ponto interessante é que Dionisio na maioria das vezes é lembrado apenas como o Deus do vinho, mas poucos sabem que o teatro começou por contas dos festivais oferecidos ao mesmo, onde apresentavam três tragédias e uma sátira. Assim como Dionisio, as pessoas que sempre tiveram a conduta e a sanidade postas em dúvidas, são vistas em grande maioria apenas como beberrões, desequilibrados e muitas outras coisas que pessoas “socialmente equilibradas” não são, só que não observam a beleza que inunda toda e qualquer alma que soube aprender com o ciclo da natureza, o ciclo de plantar e colher, esperar inverno e primavera do viver e perceber que mesmo os desafinados compõe belas canções. Sigo Dionisio, Baco, Dentritios, Broncos... o nome usado não interfere no que ele é: um maluco beleza, na eternidade de ser e não de aparentar, sendo feliz com sua arte nas vinhas, vinhos e cênicas, sabendo que pode existir três tragédias, mas não escapamos de uma boa sátira, pois a auto aceitação nos faz rir das tragédias e LOUCOS são aqueles que não vêem beleza onde não se reflete, pois a beleza não se vê com os olhos e sim com o coração. (aí voltamos ao início do mito de Dionisio, que foi gerado a partir de um coração!).
                                                               ANINHA TORQUATO

domingo, 14 de março de 2010

Arbítrio: LIVRE?



O humano desde os primórdios tem como dádiva o livre arbítrio, ou seja, o direito a escolha.
Escolha, algo que tem como pressuposto o “UP” da vida, sinal que ela ta em andamento, mas ate onde o homem é capaz de vê as escolhas e mais, ate onde ele sabe o que é uma escolha, já que não  existe ação sem reação e sendo assim, não existe escolha sem conseqüência, logo é feito a escolha pela fruta e não pela a árvore. Conseqüência que tem como interferências as escolhas de outras pessoas, então nada será individual e sim organizacional, onde não são escolhas privadas e sim públicas só variando na dimensão. Até onde somos livres para decidir por nós, sendo que somos co-responsáveis pelo o outro?

                                                  Aninha Torquato

sexta-feira, 5 de março de 2010

Download: Os Melhores 16 DISCOS DA MPB !

Pesquisa dos melhores discos e compartilhar com vocês o meio de "baixar" de grátis essas relíquias


                                                   APROVEITEM!!!










1 – Pássaro da Manhã – 1977

2- Chega de Saudade – João Gilberto 1959

3 – Roberto Carlos 1969

4 - Tropicália ou Panis Et Circencis – 1968

5 – Construção – Chico Buarque 1971

6 - A Tábua de Esmeralda – Jorge Bem Jor 1974

7 – Dois – Legião Urbana – 1986

8 – Cartola 1976

9- Ideologia – Cazuza 1988

10 - "Foi um Rio que Passou em Minha Vida"(1970) - Paulinho da Viola.

11 - Pérola Negra" (1973) - Luiz Melodia

12 – Acabou Chorare – Novos Baianos 1972

13 – Os mutantes – Os mutantes 1968

14 – Transa – Caetano Veloso 1972

15 – Elis & Tom – 1974

16. Da lama ao caos – Nação Zumbi e Chico 1994


                                                              ANINHA TORQUATO

domingo, 14 de fevereiro de 2010

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

UM SONHO REAL










O sonho pode ser uma representação, uma forma de pensar, ou sinônimo de algo difícil a ser realizado, algo desejado. Mas por que não ser o que realmente pode ser, não procurar significado em livros especializados e sim, no significado próprio, o significado dado a ele, as suas vivências.
Essa manhã sonhei algo muito assustador e que pela primeira vez despertou minha curiosidade em saber esse tão doloroso ou não, significado.   

Bom, vamos ao sonho: Eu estava no banheiro e minha boca estava cheia de pedaços de algo que me cortava, doía muito mais colocar para fora esses pequenos objetos cortantes, ao despejar na pia, lá estava vários pedaços de um espelho, minha boca sangrava bastante chegando a manchar cada parte do aglomerado de pedaços que refletia minha imagem quebrada, manchada de sangue. Logo após, saia em direção a porta de saída e na calçada estava um carro, aparentemente velho e nesse carro encontrava-se quatro pessoas, quatro mulheres, onde só enxergava suas faces distorcidas. Entrava no carro e seguia com elas. Logo em seguida, ACORDEI!

Pois é, acordei e não foi só em um sentido fisiológico, também acordei para uma busca, a procura de compreender, entender, assimilar o porquê de um sonho perturbar tanto, logo que já sonhei muito e por que esse era diferente?

Depois de pensar muito cheguei a minha interpretação.


Para entender tive de pensar e falar com a pessoa que fez parte desse momento que estou a vivenciar (até então não tinha ligado o personagens aos fatos).

A interpretação: Meu namoro acabou, não por falta de amor, nem em mim, nem na outra pessoa. Acabou por que nos amamos e não vamos ver esse sentimento se desgastar tanto ao ponto de nos perder no relacionamento. Só que essa decisão me cortou, feriu internamente, meu eu (meu amor) estava me ferindo, cortando. A decisão de terminar foi o ato de colocar para fora toda essa dor e colocar para fora foi ocasionar mais dor, sangrar visivelmente. Ao colocar para fora todos aqueles espelhos quebrados que me refletiam como me sinto, quebrada, dividida, em partes. O sangue representa toda a minha dor e sofrimento. Mesmo sangrando, consegui sair e ao sair da minha casa, minha morada, meu abrigo, encontrei um carro, forma de condução, o destino? Talvez, sim! O qual me esperava, com meu lugar cativo, esperando para ocupar meu lugar no inesperado, sair em um carro com quatro mulheres que não vejo o rosto, só a mixagem do que seria um rosto, uma face. Entrei, encarei o desconhecido e estou a encarar a minha nova vida, minha nova forma de encarar a minha vida sem a pessoa que amo. Mas saibam que o espelho despedaçado que está contido naquela pia de banheiro, manchado do meu sangue continua lá, continua representando toda a dor e lembrando que já fui um outro eu que amou de uma forma desesperada, inteira e intensa. Amei e não me arrependo, amo e nunca vou me arrepender, pois um sentimento tão perfeito na sua imperfeição deve ser sempre tratado com muito respeito e admiração.

                                                                           Ana Luisa Justino Torquato.